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Foto do escritorClaudio Correa Monteiro

Entrevista com Laura Beca


Qual é a inspiração para Esperando para ser amado?

R.: Eu queria contar sobre a história de um amor que sobrevive ao tempo e a todas as adversidades, um amor muito forte e eu acredito que existe.

Você usou algumas frases de pessoas famosas na história e frases bíblicas em alguns capítulos. Você quis fazer que os leitores refletissem sobre a vida?

R.: Sim. Eu queria que as pessoas pudessem crescer espiritualmente com a leitura de algo consistente e não que fechassem a última página e sentisse que perderam muito tempo com aquela obra. Estava na dúvida se havia atingido tal objetivo e tive a alegria da confirmação. Contratei uma pessoa para fazer a revisão, fizemos contratos, ela fez a parte dela, paguei e mantivemos uma amizade por causa da obra. Sem que eu perguntasse nada, dias depois ela me escreveu um e-mail me agradecendo por eu a ter escolhido e como foi bom para ela, que, enquanto revisava, acompanhava a história e isto a ajudou muito, em seus fantasmas e seus medos. Ela resolveu, por ela mesma, falar sobre o efeito que havia causado sobre a leitura da obra.

É correto dizer que o livro é um pouco autobiográfico?

R.: O que respondo às pessoas que me conhecem: eu peguei todas as emoções que passei, sentimentos de encontros familiares e sim, tem uma parte de minha vida. Fui acompanhada em toda minha adolescência por um sacerdote que era também psicólogo que me mostrou muito a vida em si. Também os encontros que tínhamos em família, ficou fortemente registrado em mim.

Você demorou muito livro para escrever o livro?

R.: Comecei a escrever sem me cobrar nada. Escrevia algumas coisas, guardava, às vezes ficava meses sem pegar a história. Outras vezes escrevia com tanto afâ que eu me deitava para dormir e os personagens ficavam falando em minha cabeça. Às vezes eu levava um dia inteiro para escrever uma página. Eu punha os personagens no centro e ficava andando e volta, observando cada um. Foi muito divertido. Muitas vezes fazendo uma nova revisão, a cena me tocava tão profundamente, quando era um momento dramático, que eu cheguei a chorar quanto a li de novo..

O livro tem 678 páginas. Você tem medo que os leitores se assustem com a quantidade de páginas, já que o povo brasileiro tem certa preguiça para ler?

R.: Veja, quando eu decidi que ia terminar de escrever, eu pensava: se meus filhos lerem, se apenas meus filhos chegarem a ler esta história, já vou me sentir feliz, entretanto a partir do lançamento, muitas pessoas apareceram me darem um abraço de tanto que se identificavam com uma parte da história ou algum personagem. Isso foi muito gratificante. Pessoas te abraçando como se dissessem: você descobriu quem eu sou. Se as pessoas que começaram a ler não forem até o fim, isso não me preocupa, vou olhar para aquelas que chegaram na última página. O que fez você ler toda a obra?

Qual é a origem do título Esperando Para Ser Amado?

R.: - Pensei em Deus. É o Amor mais Perfeito. Não importa por onde você andar, a bagunça que você vai fazer de sua vida. Ele vai estar lá, te esperando. Você é o Ser Amado de Deus.

Pretende escrever mais livros do molde de Esperando Para Ser Amado?

R.: Tenho uma outra que comecei a escrever, nesse molde de ir fundo, mergulhar na minha alma e extrair o mais profundo de minhas emoções pois quando falo de mim, falo de você, de minhas amigas, de seus amigos. Quem nunca chorou no escondido por causa de alguém que devastou seu coração? Os homens talvez afoguem suas mágoas num copo de uma bebida qualquer.

Esperando Para Ser Amado pode ter sequência?

R.: Pensei uma vez e deixei algumas partes se alinhavar. Vamos ver o tempo o que resolve.

Você espera atingir os corações com a linda história da Justine?

R.: Eu achei incrível isso! Tem uma personagem da história que eu sou mais apegada mas todas as pessoas amaram mais Justine, apesar de suas loucuras.

Eu amei o livro. Você imagina que o livro atingiu o esperado?

R.: Diga-me você. Isso eu gostaria de saber de todos os meus leitores.

Você pretendeu atingir qual tipo de alvo com a publicação do livro?

R.: As pessoas que acreditam no amor verdadeiro.

Você sempre sonhou com a história do livro? Ou a história do livro apareceu naturalmente?

R.: Eu comecei a escrever e como eu disse: observava os personagens. Olhava para eles em suas vidas e de repente os personagens começam a ter vida própria, você não os controla mais. Escrevi sobre depressão. Às vezes alguém da historia fazia uma pergunta, eu parava de escrever, lia muitos livros sobre aquilo, para responder uma única pergunta. Depois, como eu falei, meus queridos personagens viviam em mim, foi só continuar determinando suas vidas.

Outra coisa também que tocou fundo em meu coração: meu pai viveu até 92 anos. Eu o amava demais! Hoje fico imaginando partes de sua vidas que se perderam para sempre, que se foram com ele. Por isso eu o coloquei na história, ele é o patriarca onde nós íamos para curar nossas feridas, entretanto muita coisa se perdeu quando ele se foi, desejo que quando eu não mais existir, aqueles que me amam, através de minha obra, possam desfrutar um pouco mais de mim.


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