Vou falar do livro Marília de Dirceu do escritor Tomás Antônio Gonzaga que era integrante do Arcadismo. O livro foi publicado em Lisboa em 1792, quando Gonzaga partira para o exílio em Congonhas, ele (Gonzaga) releta neste livro o imenso amor pela brasileira Maria Dorotéa Joaquina de Seixas, de quem Gonzaga fora noivo. No final do livro tem dezesseis sonetos (poema de 14 versos) e uma ode (tipo de poesia lírica. É um poema de estilo particularmente elevado e solene, elaboradamente estruturado, que louva ou glorifica um indivíduo, objeto, ideia ou lugar, ou exortando a que se realize uma ação, descrevendo intelectual e emocionalmente a natureza.) É um livro sensacional comparado aos Lusíadas do autor português Luís Vaz de Camões. A edição da Martin Claret traz Cartas Chilenas, não na sua totalidade, pois são treze cartas. As Cartas Chilenas foram escritas poucos anos da Inconfidência Mineira. Elas são poemas satíricos escritos em versos decassílabos que circulavam em Vila Rica, atual Ouro Preto, Minas Gerais. É narrado por Critilo, habitante de Santiago do Chile (por isso, Cartas Chilenas, mas na verdade é Vila Rica). Conteúdo das Cartas Chilenas: 1ª Carta - Entrada de Fanfarrão em Chile (isto é, a chegada do governador Cunha Menezes em Vila Rica); 2ª Carta - Fingimentos no início para aos poucos centralizar todos os negócios; 3ª e 4ª Cartas - Injustiças e violências de Fanfarrão por "causa de uma cadeia" 5ª e 6ª Cartas - Desordens nas festas de casamento de Fanfarrão; 7ª Carta - Sobre as decisões arbitrárias de Fanfarrão; 8ª Carta - Corrupção em vendas de despachos e contratos; 9ª Carta - desordens no "governo das tropas"; 10ª Carta - "desordens maiores que fez em seu governo"; 11ª Carta - "brejeirices" do governador; 12ª Carta - imoralidade e atos prepotentes de Fanfarrão em prol de seus protegidos; 13ª Carta - Existe apenas um curto fragmento.