Vou falar do excelente As Doze Tribos de Hattie, romance de estreia de Ayana Mathis. O livro é denso, forte e magnífico. O livro conta a história de Hattie Shepherd que saiu da Geórgia em 1923 aos quinze anos para se estabelecer na Filadélfia. Ao longo da história ela passa por muitas coisas, teve muitos filhos (11 filhos, incluindo os gêmeos que morreram no primeiro capítulo). Todos os capítulos levam os nomes dos filhos de Hattie, exceto o último capítulo, Sala, já que ela é a neta de Hattie, filha de Cassie. O livro, publicado em 2013, virou best-seler do New York Times e está na lista Oprah Book Club 2.0, uma versão moderna do famoso clube do livro da Oprah Winfrey (que chique, não?!). Em 1923, aos quinze anos, Hattie Shepherd deixa a Geórgia para se estabelecer na Filadélfia, na esperança de uma vida melhor. Mas se casa com um homem que só lhe traz desgosto e observa indefesa quando seu casal de gêmeos sucumbe a uma doença que poderia ter sido evitada com alguns níqueis. Hattie dá à luz outras nove crianças, que cria com coragem e fervor, mas sem a ternura pela qual todos anseiam. Em lugar disso, assume o compromisso de preparar os filhos para as calamitosas dificuldades que certamente enfrentarão e de ensiná-los a encarar um mundo que não os amará nem será gentil. Contadas em doze diferentes narrativas, essas vidas formam a história da coragem monumental de uma mãe e da trajetória de uma família. Belo e inquietante, o primeiro romance de Ayana Mathis é assombroso do início ao fim — épico, angustiante, imprevisível, vibrante e cheio de vida. Uma história envolvente e cativante, um retrato marcante de uma luta tenaz diante de adversidades insuperáveis e uma celebração da resiliência do espírito humano. As doze tribos de Hattie é um romance de estreia de rara maturidade. O livro é lançado pela Editora Intrínseca em 2014.