Os positivistas ficariam loucos se me ouvissem falar que o rap é um documento histórico. Pois bem, eu digo e afirmo. Comecei a estudar história com 13 anos e se você me perguntasse quais livros eu li naquela época, eu diria a você que não foram os livros que fizeram estudar história, foi o rap nacional.
Hoje em dia, sou um leitor assíduo dos livros de história, mas o som sempre toca Rap nacional e MPB, para inspiração dos meus estudos. Eu posso ler todos os livros do mundo, mas os livros nunca vão me passar a realidade social da periferia, a história do gueto, do negro, a história social do Brasil. Eu poderia ser o mais sapiente em vários livros didáticos, mas sem ouvir rap, eu seria um analfabeto social.
O rap veio muito bem a calhar na história do Brasil. O rap nacional é a contramão da história tradicional, a história escrita por documentos oficiais. Rap é história, documentado pelo excluído, pelo negro, pelo brasileiro. O “fazer história” é isso, é fazer a história do oprimido e não do opressor... Salve o rap nacional!
Jonas M. Carreira
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