Como os versos fazem parte de mim. Sou um verso do poema da vida e o refrão do poema do amor. Os versos me deixam nas nuvens. Como é que é? Nuvens? Exatamente. O livro que trago se chama Cumulonimbus de Camila Assad Quintanilha e eu não estou brincando. Cumulonimbus ou Cúmulo-nimbo é o tipo de nuvem que é associado a eventos meteorológicos extremos como a ocorrência de tempestades com muitos raios e chuva volumosa, além de granizos e neve, além de ser o tipo mais perigoso de nuvem cujas dimensões horizontais e verticais que são tão grandes que sua forma característica só pode ser vista claramente à longa distância (por isso o fato de serem vistas a até 400 km de distância, dependendo das condições do tempo), segundo o site Tempo João Pessoa (https://tempojoaopessoa.jimdo.com/nuvens/cumulonimbus/). Voltemos ao livro da Camila Assad Quintanilha que é um verdadeiro temporal de poemas sensacionais, além de conter um poema que leva o nome do livro. Cada poema é um verdadeiro “soco no estômago” por ir direto ao ponto sem usar rodeios. É o primeiro livro da autora que está de parabéns. O livro é lançado pela Quintal Edições e faz parte da coleção Yebá que vem de Yebá Beló, que é a deusa criadora do mundo, segundo os índios Dessanas, segundo a Wikipédia. Segundo os índios, Yebá Beló (figura principal no mito de criação dos índios Dessanas) mora em uma morada de quartzo, e ela criou os seres humanos a partir do ipadu que é folha de coca que ela mascava. Também falavam que enquanto ela fumava, criou um ser de fumaça, que chamou de Yebá Ngoamãn. Ela lhe deu um chocalho com sementes masculinas e femininas e o elevou até a torre do grande morcego. Na torre, o bastão assumiu um rosto humano que virou o sol. Uma foto vai ilustrar a nuvem cúmulo-nimbo.