Tenho andado perdido nesse mundo de desilusões,
Meus sonhos já não tenho,
E muitas vezes não sei que sou!
Sei todas as coisas que pensei ser
E até as que não pensei. Não sou dono do mundo,
Sou apenas filho do dono.
Sem rumo espero o tempo passar,
Não sei se aproveito bem a minha vida,
Se vivo intensamente como diz minha filosofia,
Acredito muito que não,
Ou posso estar me enganado também como em outras ocasiões.
Tenho exercitado a dormência da alma,
Pois muitas vezes tem sido preciso deixa-la dormente.
Para os que dizem me amar sou um caçador de sonhos,
Para o resto do mundo, Um bobo um tanto besta com cara de idiota,
Para mim nem sei mais o que dizer. Eu desisti de escrever,
O preço das minhas palavras tem sido caro
E já estou sem grana para pagar meus versos.
Agora quero apenas ser feliz.
Igual a todos talvez Sem dar bola para tédio.
Assistindo TV e comentando fofocas.
Tomando cerveja na praia,
Comemorando a estupidez humana
Em mais um domingo ou feriado.
Em busca de ideias novas e soluções eu sigo,
Tropeçando nas minhas próprias pernas,
Sendo escravo dos meus pensamentos,
E me julgado nas horas vagas;
Tenho crucificado-me também,
E feito dos meus momentos de descanso
A reflexão do meu tédio!
Embriago e cansado dos tumores da vida
Muitas vezes vegeto,
E vejo a humanidade cada vez mais em extinção.
Muitos não acreditam,
Fecham os olhos,
Viram as cotas,
Fingindo não vê;
Pois a verdade dói,
Machuca faz do homem um herói,
Numa história que não tem herói;
Apenas um banco de figurantes vivendo do acaso,
Buscando desculpas em nuvens de ilusão;
Mecanizando utopias,
Protagonizadas de maneira tola,
Numa pequena esfera racional,
Que vive vagando em um universo perdido.
Eu queria poder voar,
Talvez até possa,
Não com as asas que queria, mas sim com a da tal imaginação.
Muitos outros também podem voar,
E voam,
Voam até mais do que deviam,
Em seus sonhos coloridos ou não,
Suas histórias esquecidas com o tempo,
Que parece devagar, mas caminha rápido.
Eriberto Henrique