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Foto do escritorClaudio Correa Monteiro

Espumas Flutuantes, Os Escravos e A Cachoeira de Paulo Afonso


Vou voltar aos versos através dos livros Espumas Flutuantes, Os Escravos e A Cachoeira de Paulo Afonso de Castro Alves. Os três livros foram lançados em uma edição única pela Martins Fontes em 2001 e é organizado por Luiz Dantas e Paulo Simpson que fizeram um excelente trabalho com a edição. Vou falar de cada um deles. Espumas Flutuantes é um livro ímpar, pois é uma coletânea de Castro Alves (Curralinho, 14 de março de 1847 — Salvador, 6 de julho de 1871) e foi publicado em 1870. O livro nascera em uma época em que o autor estava com tuberculose que se agravar em função a um acidente numa caçada, a arma disparou e atingiu-lhe o calcanhar esquerdo quando estava em São Paulo, prestigiando a estreia de sua peça “Gonzaga ou a Revolução de Minas” (uma peça de teatro dramática escrita por Castro Alves em 1867, em homenagem à atriz portuguesa Eugênia Câmara, dez anos mais velha do que ele, e por quem o poeta se apaixonara.). Após perder o pé, Castro Alves retorna para o sertão da Bahia, sua terra natal. É nessa viagem que o poeta tem a ideia de publicar seus poemas sob o título de “Espumas Flutuantes”, o único livro publicado em vida por Castro Alves que reúne poemas escritos em diferentes épocas, abrangendo os mais variados temas de sua poética. Os Escravos é o título do livro de Castro Alves, lançado postumamente, em 1883 para ser exato. O livro tem uma temática centrada no drama da exploração dos escravos. O livro faz, ao meu ver, uma crítica à escravidão que foi abolida em 1888 pela princesa Isabel. É nesse livro que se encontram Vozes D’África e O Navio Negreiro. O outro livro que compõem essa edição se chama A Cachoeira de Paulo Afonso que foi publicado em 1876 e é um excerto (pequena parte de; retirado de uma obra literária, de um texto; fragmento, passagem, trecho) do livro Os Escravos e que traz um conjunto de 33 poemas. O título é uma justa, ao meu ver, a queda d’água de Paulo Afonso, no rio São Francisco e que o poeta canta em A Cachoeira, como um centauro (figura da Mitologia Grega que é metade homem da cintura para cima e metade cavalo da cintura para baixo) sobre cujos ombros lhe cabia o rio inteiro. Trazia como subtítulo “Manuscriptos Stenio” tendo sido publicado pela Editora “Imprensa Econômica”, de Salvador.


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