Vou falar do livro Admirável Mundo Novo que no original é Brave New World (já já vou falar do título original), escrito por Aldous Huxley, autor inglês que viveu entre 1894 a 1963, e aos dezessete anos de idade, foi diagnosticado com uma doença que reduziu a sua visao a um décimo donormal. Hurley passou grande parte da vida longe da inglaterra: morou na Itália, na França e, em 1937, no auge da fama, mudou-se para os Estados Unidos,onde veio a morrer,por coicidencia no mesmo dia do assassinato de John F. Kennedy. Voltando ao livro, a obra é uma antevisão de um futuro n o qual o domínio quase integral das técnicas e do saber cientifico produz uma sociedade totalitária e desumanizada. Esa ficção cientifica surpreende pela clareza do texto, plea lucidez do autor e pela atualidade das questões levantadas. O livro foi lançado em 1932 e A história se passa em Londres no ano 2540 (632 DF- "Depois de Ford" - no livro), o romance antecipa desenvolvimentos em tecnologia reprodutiva, hipnopedia, manipulação psicológica e condicionamento clássico, que se combinam para mudar profundamente a sociedade. Huxley respondeu este livro com uma reavaliação em um ensaio, Regresso ao Admirável Mundo Novo (1958), e A Ilha (1962), seu romance final. O personagem Bernard Marx sente-se insatisfeito com o mundo onde vive, em parte porque é fisicamente diferente dos integrantes da sua casta. Num reduto onde vivem pessoas dentro dos moldes do passado uma espécie de "reserva histórica" - semelhante às atuais reservas indígenas - onde preservam-se os costumes "selvagens" do passado (que corresponde à época em que o livro foi escrito), Bernard encontra uma mulher oriunda da civilização, Linda, e o filho dela, John. Bernard vê uma possibilidade de conquista de respeito social pela apresentação de John como um exemplar dos selvagens à sociedade civilizada. Para a sociedade civilizada, ter um filho era um ato obsceno e impensável, ter uma crença religiosa era um ato de ignorância e de desrespeito à sociedade. Linda, quando chegada à civilização foi rejeitada pela sociedade. O livro desenvolve-se a partir do contraponto entre esta hipotética civilização ultra-estruturada (com o fim de obter a felicidade de todos os seus membros, qualquer que seja a sua posição social) e as impressões humanas e sensíveis do "selvagem" John que, visto como algo aberrante, cria um fascínio estranho entre os habitantes do "Admirável Mundo Novo". Aldous Huxley escreveu, mais tarde, outro livro, chamado Regresso ao Admirável Mundo Novo, sobre o assunto: um ensaio onde demonstrava que muitas das "profecias" do seu romance estavam a ser realizadas graças ao "progresso" científico, no que diz respeito à manipulação da vontade de seres humanos. O livro foi adaptado ao cinema em duas ocasiões: Brave New World (1980), um filme de televisão dirigido por Burt Brinckerhoff e Brave New World (1998), um filme de televisão dirigido por Leslie Libman e Larry Williams. A letra da canção Admirável Gado Novo, do final de 1979 é uma metáfora desse livro, escrito cinco décadas antes do lançamento da música Admirável Gado Novo, lançada ainda em tempos de governo militar, na qual a substituição de Mundo para Gado se refere a seres humanos alienados, um povo que não pensa e não reflete sobre os fatos. O álbum Brave New World (eu disse que iria falar do títullo original do livro) do grupo inglês de Heavy Metal Iron Maiden, possui uma temática de capa que remete a ambientação do livro, e a canção Brave New World tem sua letra totalmente inspirada no livro. Além dessas, há, também, a canção Admirável Chip Novo, da cantora baiana Pitty, constante em seu álbum homônimo de 2003. Regresso ao Admirável Mundo Novo (em inglês: Brave New World Revisited ; Harper & Brothers, EUA, 1958; Chatto & Windus, Reino Unido, 1959) foi escrito por Huxley quase 30 anos após Admirável Mundo Novo, era um trabalho de não ficção em que Huxley considerava se o mundo tinha ido para longe ou perto de sua visão do futuro a partir da década de 1930. Ele acreditava quando escreveu o romance original aquele cenário era uma estimativa razoável do mundo no futuro. Em Regresso ao Admirável Mundo Novo, ele conclui que o mundo estava se tornando como a história do livro muito mais rápido do que ele originalmente imaginou. Huxley analisou as causas disso, como a superpopulação, bem como todos os meios pelos quais as populações podem ser controladas. Ele estava particularmente interessado nos efeitos de drogas e sugestão subliminar. Regresso ao Admirável Mundo Novo é diferente em tom por causa do pensamento em evolução de Huxley, bem como a sua conversão ao vedanta hindu entre os dois livros. O último capítulo do livro propõe ações que possam ser tomadas para evitar que uma democracia se torne o mundo totalitário descrito na obra. No último romance de Huxley, A Ilha, ele expõe idéias semelhantes para descrever uma nação utópica, que geralmente é conhecida como uma contrapartida para o seu trabalho mais famoso.