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Foto do escritorClaudio Correa Monteiro

Último Dia De Um Condenado


Vou falar de condenações através do livro de Victor Hugo, O Último Dia De Um Condenado (na Wikpédia O Último Dia de um Condenado à Morte) (no original em francês, Le dernier jour d'un condamné). Victor Hugo engaja nesse livro toda a sua eloquência a serviço da causa, demonstrando a injustiça, a ineficiência da pena, a barbárie e os homens da execução e de suas consequências: "esse homem tem uma família; e então o degolam fere apenas a ele? Seu pai, sua mãe, seus filhos não sangrarão também? Não? Matando-o, os senhores decapitam toda a família." (no prefácio de 1832). O livro causou uma polêmica, pois o protagonista do livro nos conta como foram as últimas seis semanas, desde a condenação até a execução da sentença. O livro ganhou várias edições, sendo que três no ano que foi lançado. Na edição que está sendo resenhada, há uma peça de teatro que é uma paródia da "execução" de um condenado, lançada em 1829, na abertura da edição do livro. O Último Dia de um Condenado é sensacional e pode ser lido em pouco tempo e foi publicado em 1829. Foi escrito como um protesto à sentença de morte. O livro influenciou escritores como Charles Dickens, Fiódor Dostoiévski e Albert Camus. E não é para menos: o livro tem um tom perturbador. Esse livro foi o prelúdio da sua grande obra, “Os Miseráveis”. Grandes escritores, como Flaubert e Zola, não deram a devida atenção ao livro e à obra de Victor Hugo, pois estavam preocupados com o realismo, que era uma crítica ao romantismo. Mas o público o consagrou. Apesar de a política ter sido o seu combustível, Victor Hugo não adotou o discurso da luta de classes. Viveu de forma confortável financeiramente falando, tornando-se um dos escritores mais bem remunerados de sua época. Teve uma vida afetiva quase próxima à devassidão. Dizem que na sua morte as prostitutas francesas declararam luto oficial. As críticas à situação social, não só nacional, mas também mundial, encontram-se em enorme abundância, já que a pena de morte levanta certos problemas éticos. O livro não foi bem recebido pela crítica por descrever a realidade nua e crua, e os críticos tacharam o livro de horripilante pelos sentimentos deprimentes que ele apresentava.


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