Vou falar do livro Raízes da África, escrito por Léo Pajeú. É um livro que fala sobre um continente esquecido e, pode se dizer, vítima do racismo, que sofreu com o Apartheid([apartáid] (pronúncia em africâner: [ɐˈpɐrtɦəit], significando "separação") foi um regime de segregação racial implementado na África do Sul em 1948 pelo pastor protestante Daniel François Malan — então primeiro-ministro —, e adotado até 1994 pelos sucessivos governos do Partido Nacional, no qual os direitos da maioria dos habitantes foram cerceados pela minoria branca no poder.A segregação racial na África do Sul teve início ainda no período colonial, mas o apartheid foi introduzido como política oficial após as eleições gerais de 1948. A nova legislação dividia os habitantes em grupos raciais ("negros", "brancos", "de cor" e "indianos"), segregando as áreas residenciais, muitas vezes através de remoções forçadas. A partir de finais da década de 1970, os negros foram privados de sua cidadania, tornando-se legalmente cidadãos de uma das dez pátrias tribais autônomas chamadas de bantustões. Nessa altura, o governo já havia segregado a saúde, a educação e outros serviços públicos, fornecendo aos negros serviços inferiores aos dos brancos) durante anos. Aqui no Brasil, não é diferente, pois houve tráfico de escravos há alguns séculos e a escravidão durou até 1888 quando foi abolida pela princesa Isabel que assina a Lei Áurea que extingue a escravidão, de certa forma. Eu acredito que a escravidão não acabou totalmente, pois há trabalho escravo no Brasil, só não é divulgado na imprensa. Voltando ao livro, uma Princesa, que virou guerreira, e junto com os guerreiros da tribo buscam alimentos na floresta, é apaixonada por Toculo, o jovem humilde guerreiro da tribo. Juntos, eles descobrem o amor verdadeiro, mas Toculo é capturado por uma tribo, que tem práticas de rituais macabros, tendo que ser resgatado por sua amada e seus guerreiros, logo depois, um trágico conflito envolvendo sua tribo com outra rival, os distanciam dessa união prevista. Em pouco tempo, são capturados e se tornam presos, sendo enviados para serem escravos no Brasil, a Princesa vira amante do Senhor da fazenda, Toculo tenta permanecer por perto, tornando-se seu protetor. Mas nada, nem a tortura e a humilhação, são capazes de separar esse amor, e o destemido Toculo foge da fazendo, depois volta para resgatar sua princesa. Em um romance, que resgata um pouco da história da escravidão, Léo Pajeú escreve um incrível conto, com direito a tudo que o gênero tem a oferecer: reinados, guerreiros, conflitos entre tribos, rituais, simbologia, tortura, fuga e escravidão em um romance apaixonante. Esta edição magnífica, misturam ficção e realidade, e ajuda a compor o universo emblemático, que transformou a escravidão, um fato no mundo. O livro é narrado por Toculo e no início há um poema chamado Sou Negro, escrito pelo autor e uma nota histórica sobre rotas de escravidão no Brasil.