Hoje vou falar de preconceitos. Vou falar do livro Entrelace - Caminhos que se cruzam ao acaso da escritora Diana Scarpine, mesma autora de Uma chance para recomeçar, resenhado neste mesmo blog (https://claudiocorrea83.wixsite.com/amanteliterario/single-post/2016/12/23/Uma-chance-para-Recome%C3%A7ar?fbclid=IwAR1NSVM4C8bc0HE4ifd3S_nnAtiRmK1gRGwL_gw77epmCdA1AR8EqG-NP8c). O livro Entrelace - Caminhos que se cruzam foi lançado pela primeira vez em 2012 pela Editora Brauna e foi relançado pela Editora Constelação em 2019 e conta a história de Carol, é uma mulher insegura e preconceituosa, que tem um relacionamento virtual (será Orkut ou Facebook) com Henri, um homem forte e independente, que enfrenta as adversidades que a vida lhe impõe. Aparentemente apaixonados, embora nunca tenham se visto pessoalmente, eles anseiam transpor o namoro virtual para o real, mas o tão sonhado primeiro encontro não acontece como planejaram e eles rompem o relacionamento. Por mais que tentem se manter afastados, os destinos de Henri e Carol foram irremediavelmente entrelaçados e seus corações, unidos pelo amor, mas implacavelmente afastados pelo preconceito. O amor será capaz de vencer esse profundo e intenso embate contra o preconceito? Ou o preconceito será capaz de subjugar o amor presente no coração de uma mulher? Há uma lei, sancionada pela ex-presidenta Dilma Roussef em 2015, alei classifica o que é deficiência, prevê atendimento prioritário em órgãos públicos e fixa pena de reclusão de 1 a 3 anos para quem discriminar pessoas com esse perfil. De acordo com o texto, aprovado em junho pelo Congresso, a pena é ampliada em 1/3 se a vítima encontrar-se sob responsabilidade do agente e pode chegar a 5 anos de prisão caso a discriminação seja cometida por meios de comunicação social. Apropriar-se de bens e benefícios de pessoas com deficiência também pode render reclusão, de até 4 anos. Eu estou falando de preconceitos, por que o Henri é paraplégico, melhor dizendo, deficiente físico. Ele sofreu um acidente que o deixou paraplégico. O Aurélio, personagem de uma chance para recomeçar, também sofre preconceitos por ser pobre e deficiente visual. O Henri não se deixou abater pela deficiência física e conseguiu estudar faculdade na área da saúde e trabalha em um hospital, mais especialmente no núcleo de Bioética e no CEP, que quer dizer Centro de Ética de Pesquisas. O livro se passa em Jequié, na Bahia, Cidade Natal da Autora. Os capítulos são narrados pelos protagonistas. Será que ao longo do romance, Carol conseguirá deixar o preconceito e se entregar ao amor que sente por Henri?