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  • Foto do escritorClaudio Correa Monteiro

Faz escuro, mas eu canto

Eu vou falar do livro de Thiago de Mello, lançado pela Global Editora e Distribuidora Ltda, em 2017 chamado Faz escuro mas eu canto, livro de poemas publicado pela primeira vez em 1965, é sempre lembrado por seu autor como seu livro mais querido. Quem conhece Thiago ou já teve a oportunidade vê-lo falar, percebe logo de pronto como sua postura generosa no que diz respeito a tudo que a vida lhe proporciona marca a vivacidade das imagens e sentimentos evocados em seus poemas. Com a instalação da ditadura militar no Brasil em 1964, os ventos para Thiago não foram nada favoráveis. Na ocasião em que esteve preso, deparou-se com um de seus versos escritos na cela: "Faz escuro mas eu canto/ Porque a manhã vai chegar". Era o sinal de que sua luta incessante pelo respeito à vida humana encontrava eco e precisava ser levada adiante. A presente edição de Faz escuro mas eu canto traz carinhoso depoimento de Pablo Neruda, de quem o poeta se tornaria amigo e com quem compartilharia momentos de alegria e de tensão durante o período em que esteve exilado no Chile. Escritos em um momento em que o Brasil atravessava tempos sombrios, os poemas do livro são tingidos por um sopro renovador que encanta e acalenta o coração inquieto da humanidade. Amadeu Thiago de Mello é tradutor e poeta. Nasceu em Barreirinha, Amazonas, em 30 de março de 1926. É um dos poetas mais influentes e respeitados do país, reconhecido como um ícone da literatura regional. A luta política, o lirismo, as relações de família e os amores são facetas marcantes na obra do autor. Tem obras traduzidas para mais de trinta idiomas. Preso durante a ditadura (1964-1985), exilou-se no Chile, encontrando em Pablo Neruda um amigo e colaborador. Um traduziu a obra do outro e Neruda escreveu ensaios sobre o amigo. No exílio, morou na Argentina, Chile, Portugal, França, Alemanha. Com o fim do regime militar, voltou à sua cidade natal, Barreirinha, onde vive até hoje. Ensaísta, publicou, entre outros livros, Acerto de contas, Como sou, Melhores Poemas e Amazonas – Pátria da água. Ele faleceu em 14 de janeiro de 2022 e foi um poeta, jornalista e tradutor brasileiro. Foi considerado um dos poetas mais influentes e respeitados no país, reconhecido como um ícone da literatura regional.



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