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  • Foto do escritorClaudio Correa Monteiro

Gente de Fernando Sabino

Eu vou falar do livro Gente de Fernando Sabino, lançado em 1975 pela Editora Record. O autor reúne aqui gente que pertence ao seu universo pessoal e literário: “Livro ao mesmo tempo agradável e didático, jornalístico e literário, divertido e instrutivo, pessoal e alheio. Em suma: mais um feito magistral de um escritor que passa sobre temas, episódios e pessoas, para enriquecê-los com sua visão singular, e que há muito conquistou a prerrogativa de permanecer na literatura e no jornalismo do Brasil.” Gente rara, com quem Fernando Sabino conviveu ao longo da vida, ou mesmo de quem se tornou amigo “na cadência da arte”: Érico Veríssimo, Vinicius de Moraes, Lúcio Costa, Alyrio Cavalieri, Tom Jobim, Salvador Dalí, Antônio Houaiss, Carlos Drummond de Andrade, Silvio Caldas, Carlos Lacerda, Marques Rebelo, Jorge Amado, Pablo Neruda, Ivo Pitanguy, Mário de Andrade, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Maria Clara Machado, Dalton Trevisan, Alfred Hitchcock, Villa Lobos, Augusto Frederico Schmidt, Florinda Bolkan, Carlos Scliar, Dorival Caymmi, Manuel Bandeira, Noel Nutels, Pedro Nava, Pelé, João Cabral de Melo Neto, Jayme Ovalle, Paulo Mendes Campos, Rubem Braga, Oscar Niemeyer, Cartola, Guiomar Novaes, Lúcio Rangel, Mayza Matarazzo, Prudente de Moraes, neto, Arthur Moreira Lima, Augusto Rodrigues, Oswaldo França Junior. Todos são magistralmente retratados no que têm de mais autêntico, sem que sequer se dêem conta disso. Segundo escreveu Pedro Nava, uma das personalidades focalizadas, o que o autor busca em cada um deles, “no músico, no arquiteto, no escritor, no cirurgião, no poeta, no negro, no branco, no vivo ou no morto, é o elemento verdadeiramente humano, a identidade, a confraternização, o lado Sabino de cada um. E esse lado, essa pequena coisa, é dotada da maior importância dentro da química dos sentimentos. Combina-se avidamente com a razão, a imaginação, a percepção, o talento, o gênio. Faz corpo com a probidade, a honestidade, a dignidade, a capacidade de amar, a de estimar, com a mão estendida para dar, elevar, dignificar sem nada em troca. É Gente com maiúscula”. O autor oferece ainda um nostálgico testemunho do seu tempo de campeão de natação, do ensino de português antigamente, da sua frustrada vocação de músico de jazz, da experiência de jornalista e editor e uma visão geral do “brasileiro para inglês ver”. Mais do que simples nostalgia dos anos setenta, este livro evoca aquilo que eles tiveram de melhor.



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