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Istibuqui - Sétima Fronteira

  • Foto do escritor: Claudio Correa Monteiro
    Claudio Correa Monteiro
  • 25 de abr.
  • 4 min de leitura

Eu vou falar do livro ISTIBUQUI - SÉTIMA FRONTEIRA. Samantha sempre soube que havia algo de extraordinário em seu destino, mas jamais imaginou que estaria no centro de uma batalha mística entre humanos e seres lendários. Escolhida para proteger a última fronteira mágica, ela se vê confrontada por forças antigas e perigosas, lideradas pelo sombrio Ioroque, que busca destruir o equilíbrio entre os mundos. Em meio a alianças com seres poderosos e segredos ancestrais, Samantha precisa dominar poderes que ainda não compreende totalmente e enfrentar desafios que testarão sua coragem e determinação. A sobrevivência da magia está em suas mãos, e o tempo está se esgotando. Samantha sempre soube que sua vida não era comum, mas o que a aguardava nas profundezas da fronteira mágica vai muito além de qualquer expectativa. Quando o sombrio Ioroque ameaça retornar e romper o frágil equilíbrio entre os mundos. Samantha é lançada em uma batalha mística, cercada por criaturas lendárias e segredos que podem mudar tudo. Em uma narrativa repleta de magia, mistério e perigos ancestrais, Istibuqui - Sétima Fronteira mergulha o leitor em um universo fascinante onde nada é o que parece. Prepara-se para uma aventura épica, onde o destino da magia e o futuro da humanidade estão em jogo. O livro é escrito por Thamires Borges do Nascimento, conhecida no mundo literário como T. Assis e lançado em 2025 pela editora Páginas Autênticas. O livro é sensacional e é cheio de referência da nossa mitologia, ou, melhor dizendo, nosso folclore. Os Ioroques ou Ioroque são descritos como seres temíveis, que ocupam um lugar sombrio e perigoso na cultura tupi-guarani. Eles são uma espécie de demônios, monstros, espíritos ou entidades malignas que assombram as florestas, rios e as noites escuras, causando medo e terror nas tribos. Essas figuras representam as forças negativas e destrutivas da natureza e do mundo espiritual, funcionando como uma ameaça constante à vida cotidiana dos povos indígenas, sobretudo quando o equilíbrio entre o mundo humano e espiritual é quebrado. Atributos dos Ioroques: 1. Seres Monstruosos: Os Ioroques são frequentemente descritos como seres grotescos, dotados de características monstruosas que variam conforme a lenda ou a região. Eles podem ter formas deformadas, tamanhos enormes ou aparências assustadoras que instilam medo naqueles que cruzam seus caminhos. Muitas vezes, suas formas refletem a natureza selvagem e incontrolável da floresta e dos perigos noturnos. 2. Espíritos Malignos: Além de monstros físicos, os Ioroques também são vistos como entidades espirituais que podem perturbar o equilíbrio entre o mundo material e o espiritual. Eles são espíritos malignos que atuam como agentes do caos, trazendo destruição, desordem e desespero. Acredita-se que esses espíritos podem possuir pessoas, causando doenças, loucura ou azar, além de estarem ligados a fenômenos naturais temidos, como tempestades ou pragas. 3. Habitantes das Sombras: Os Ioroques são criaturas das sombras, associadas a lugares de difícil acesso e pouco frequentados, como as profundezas das florestas, cavernas escuras, pântanos e rios turvos. À noite, sua presença é mais sentida, já que eles se manifestam em momentos de vulnerabilidade humana, especialmente durante rituais mal realizados, ou quando há falta de proteção espiritual adequada. 4. Forças Destrutivas: Esses seres são associados a forças destrutivas da natureza, como a morte súbita, a doença e a destruição das colheitas. O temor dos Ioroques está relacionado ao fato de que eles não respeitam as regras naturais e sociais, agindo como agentes do caos, quebrando o ciclo natural da vida e causando terror e destruição indiscriminada. Na cultura tupi-guarani, os Ioroques simbolizam o lado perigoso e incontrolável da natureza e do mundo espiritual. Diferentemente das divindades benignas que protegem e favorecem a vida, eles estão associados à morte, à escuridão e ao desespero. A existência desses seres na mitologia serve como um lembrete da necessidade de manter o equilíbrio com o mundo espiritual, respeitando as tradições, os ritos e a natureza. Quando esses princípios são quebrados, os Ioroques podem se manifestar, trazendo caos. Função: Guardas dos Territórios Selvagens: Em muitas lendas, os Ioroques são representados como protetores do mundo selvagem. Eles atuam como guardiões de lugares sagrados ou inexplorados, atacando aqueles que se aventuram onde não deveriam. Eles simbolizam o perigo inerente à exploração da floresta sem o devido respeito e preparação, punindo aqueles que agem de forma imprudente. Mediadores do Sobrenatural: Outra interpretação é que os Ioroques servem como mediadores entre o mundo físico e o sobrenatural. Eles emergem quando a harmonia entre os dois mundos é rompida, agindo como agentes de retribuição espiritual. Sua aparição pode ser vista como um sinal de que algo está errado no comportamento da tribo ou que os espíritos ancestrais estão descontentes. Representação do Medo e da Superstição: Os Ioroques também podem ser entendidos como a personificação dos medos e superstições. Eles simbolizam os perigos invisíveis e inexplicáveis que os povos indígenas enfrentavam na natureza, especialmente à noite, quando as ameaças eram menos visíveis e mais imprevisíveis. Esses seres eram uma forma de explicar fenômenos assustadores, como doenças inexplicáveis ou acidentes fatais. Proteção Contra os Ioroques: Na cultura tupi-guarani, a proteção contra os Ioroques envolvia a prática de rituais específicos, oferendas aos espíritos benévolos e a observância de tabus e regras sagradas. Pajés (xamãs) desempenhavam um papel fundamental na defesa das aldeias contra essas entidades, realizando rituais de purificação e proteção, utilizando plantas medicinais, cantos sagrados e outras formas de magia espiritual para afastar os Ioroques. Ioroques e a Importância do Pajé: O pajé, ou xamã, era o principal defensor da tribo contra os Ioroques. Com sua conexão com o mundo espiritual, ele era capaz de identificar quando um Ioroque estava próximo, realizando rituais para afastá-lo ou neutralizar sua influência. O pajé também tinha o papel de curar aqueles que haviam sido atacados ou possuídos por essas entidades, utilizando ervas, orações e intervenções espirituais. Exemplos de Ioroques: Ipupiara, Curupira, Galafuz, Cupendíepes, Boiúna, Rondolo, Caiçara, Romŝiwamnari' e etc. Os Ioroques ou Ioroque representam os medos mais profundos e os perigos invisíveis da natureza e do mundo espiritual na mitologia tupi-guarani. Como demônios ou espíritos malignos, eles são entidades destrutivas que desafiam o equilíbrio natural e espiritual da vida, funcionando como advertências para que as tribos mantenham o respeito pelas forças da natureza e pelas tradições espirituais.

 
 
 

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