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Foto do escritorClaudio Correa Monteiro

Menos Frágil Que O Homem


Eu vou falar da antologia Menos Frágil que o Homem digital, lançado pela Casa do Prometeu e organizada por Alessandro Diniz. O livro reúne alguns poetas e é sensacional. A antologia poética,que é inspirada pelo trecho da obra Don Juan,de Lord Byron, que diz: "Porém, palavras são coisas, e uma pequena gota de tinta,/Caindo como orvalho, sobre uma folha, produz/Aquilo que faz milhares, talvez, milhões, pensarem;/É estranho, o bilhete que o homem usa/Em vez de discurso, pode formar um elo duradouro/De eras, aque estreitas o velho/Tempo reduz/ Frágil homem, quando papel― mesmo um retalho como este,Sobrevive a si mesmo, à sua tumba,e tudo que é seu.”, como sugerem seus versos, tem a função primeira deimortalizar os autores aqui presentes, estreantes e veteranos. Porém, quando começou a tomar forma, essa função original foi superada, e Menos Frágil que o Homem tornou-se também uma forma de homenagearpessoas queridas, como os autores que já deixaram este plano e, agora,revivem nas páginas deste livro. Assim, esta obra vem homenagear, in memoriam, meu pai, Domingos Carneiro da Silva, que é o responsável por despertar em mim o gosto pelos versos, e Adelaide Dias e José Carlos Ziolkowski, através de seu amigo Rosildo Barcellos. A finitude humana, a mortalidade, vencidas pelas palavras impressas em uma simples folha de papel que, ainda que frágil como a vida humana, normalmente, sobrevive ao homem, às suas gerações e, quiçá, restará eternamente nas páginas de livros, nas mentes dos amantes da poesia, na etérea nuvem digital... Enquanto o mundo perdurar. Ou mesmo após seu fim, em outros mundos.



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