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Psicotrópicos de Capricórnio na Ilha da Trindade

  • Foto do escritor: Claudio Correa Monteiro
    Claudio Correa Monteiro
  • 21 de ago.
  • 3 min de leitura
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Eu vou falar do livro Psicotrópicos de Capricórnio Na Ilha de Trindade, escrito por Luís Felipe Mayorga, lançado pela editora Opera em 2024. Antes de entrar no livro propriamente dito, vou esclarecer algumas coisas sobre o título fantástico. Psicotrópico é um adjetivo que significa: substância que afeta a atividade mental, o comportamento ou a percepção. Capricórnio é um substantivo que significa: a décima constelação do zodíaco, situada no hemisfério sul, na astrologia é o décimo signo do zodíaco, relativo aos que nascem entre 22 de dezembro e 20 de janeiro (para os fãs de Cavaleiros do Zodíaco, Shura é o cavaleiro de ouro de Capricórnio que é derrotado por Shiryu, cavaleiro de bronze de dragão), e na geografia é o trópico que divide a zona equatorial da zona subtropical. A Ilha da Trindade é a maior ilha oceânica brasileira, localizada a cerca de 1.140 km da costa do Espírito Santo, no Oceano Atlântico. É um local de grande importância científica, estratégica e histórica, sendo habitada por militares e pesquisadores da Marinha do Brasil. A ilha é de origem vulcânica e possui vários cones e fluxos de lava. A ilha abriga uma rica biodiversidade, incluindo aves marinhas, como fragatas e atobás, e diversas espécies marinhas, como peixes, corais e até tubarões. A ilha tem grande importância para a defesa e soberania do Brasil no Atlântico. A Marinha do Brasil mantém um posto oceanográfico na ilha, o POIT (Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade). Devido à sua importância estratégica e ambiental, o acesso à ilha é restrito a militares e pesquisadores, sendo proibido para turistas. A Ilha da Trindade é a única ilha oceânica brasileira que produz água doce, com mais de 30 nascentes e corpos d'água. A ilha foi descoberta em 1501 pelo navegador português João da Nova e batizada por Estevão da Gama um ano depois em homenagem à Santíssima Trindade. A ilha foi alvo de disputas entre Portugal e Inglaterra no passado. A ilha foi ocupada por militares e serviu como local de exílio para presos políticos, mas foi abandonada em algumas ocasiões. A ilha foi palco de diversas expedições científicas, como a do Museu Nacional em 1916, que realizou estudos e coletas de materiais. A ilha é considerada o local habitável mais remoto do Brasil. A ilha é palco de diversas lendas e histórias sobre tesouros escondidos e fenômenos misteriosos. A ilha possui uma fauna e flora únicas, com espécies adaptadas às condições locais. A Marinha do Brasil realiza projetos de pesquisa e conservação na ilha, buscando preservar sua biodiversidade e importância estratégica. Um repórter e usuário crônico dos mais diversos entorpecentes visita a longínqua Ilha da Trindade, situada a mil e duzentos quilômetros da costa brasileira. Sendo um completo desbocado que fala o que pensa sem muitos filtros, dessa vez as circunstâncias o obrigam a aprender a conviver com os militares, lutar contra o tabagismo e repensar seu exótico desempenho nas relações interpessoais. Após se enamorar pelas curvas e mistérios da Ilha, durante seu isolamento espaçonaves surgem por todo o planeta, trazendo angústia e o colapso da sociedade. Mas nada disso importa diante da revelação mais importante de todas, que transforma para sempre sua percepção sobre a vida. Toda a tripulação, em alguns dias, se tornaria plâncton (substantivo masculino que significa: conjunto de seres microscópicos que vivem nas águas), cnidários (cnidário é um adjetivo que significa: filo de animais aquáticos que inclui as hidras de água doce, medusas, alforrecas ou águas-vivas, que são normalmente oceânicas, os corais, anêmonas-do-mar e as caravelas), gases, fibras musculares e tempestades. Uma fração das células do tecido muscular estriado cardíaco de um moço de convés seria digerida, e suas proteínas mobilizadas para construir os olhos de um espadarte (substantivo masculino que significa: na ictiologia peixe-espada e na zoologia por extensão pode receber este nome o delfim ou a orca), onde testemunharia maravilhas. Afinal, o oceano não meramente destruiu um profano artefato tecnológico, mas o engoliu, transformou e tomou de volta o que era seu, santificando de volta uma fração da humanidade. O livro é sensacional e repleto de ação do começo ao fim, mas eu amei os poemas que se encontram no romance.

 
 
 

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