Midgard verdugos
- Claudio Correa Monteiro
- 3 de dez. de 2024
- 2 min de leitura


Eu vou falar do grupo Midgard, formada em Bauru/SP em 1999, a primeira demo tape autointitulada saiu no mesmo ano reunindo apenas duas faixas, mas que tornaram-se clássicos do doom nacional na época, “Self Liberty” e “Last Sanctuary”. Ao contrário da maioria das bandas de doom dessa época que flertavam com o death metal, o Midgard era uma autêntica banda de epic doom metal, ou heavy doom, na melhor escola Saint Vitus, Candlemass, Troublee Solitude Aeternus. Outras duas demos foram lançadas a seguir, “Self Liberty” de 2000 e “Lamúria” de 2001– que lhes rendeu um show de abertura para o Helloween em Catanduva/SP no mesmo ano -, até que o primeiro disco cheio de estúdio fosse lançado em 2005. Apesar do lançamento por uma gravadora, a Force Majeure Records, a produção de Alex Voorhees (Imago Mortis) e a excelente recepção de público e imprensa na época, “From Ashes...” foi gravado após a total dissolução da formação original da banda e acabou por selar o fim de banda alguns anos depois. Eis então que em 2021, os dois membros originais do Midgard, o guitarrista Omar Rezende e o vocalista F.L.Y. - agora também assumindo o baixo-, resolvem reativar a banda. Na nova formação, contam também com a vocalista Paula Jabur, que sempre foi a principal mentora e manager do grupo. Dois singles foram então lançados: em 2021 uma nova versão do clássico “Midnight Rainbow” que foi originalmente gravada na demo “Lamúria”, e em 2022 “Crying At The Party”, essa uma composição inédita que trazia novas referências ao som do Midgard. Muito entusiasmados como retorno e o momento atual, o Midgard lança agora aquele que é o seu segundo álbum de estúdio, mas que poderia muito bem ser considerado o primeiro: “Verdugos”. Gravado no Mr. Rec Vintage Audios em Bauru/SP, com produção de Amauri Muniz e mixagem e masterização por Caio Costanzo, “Verdugos” reúne nove faixas e compila composições do passado histórico da banda como “Last Sanctuary”, “Pearls To The Pigs” e “Midnight Rainbow”, com outras mais recentes como "Psy-code-hellika”, “Wild Walkers”, “Another Day”, “Crying At The Party’, “Nocturnal Storm” e “Silent Song”. Com arte de capa assinada pelo renomado Jean Michel (Designations Artwork), que já desenvolveu trabalhos para bandas como Metal Church, Queensrÿche, Vixen e Lynch Mob, “Verdugos” trata, de forma resumida, sobre egoísmo. “A palavra “verdugos” significa carrascos, algozes, é quem aplica punições a outrem”, explica o vocalista e baixista F.L.Y.. “Na capa criada pelo Jean Michel, vemos um planeta em pele suturada, convalescendo. As suturas imperfeitas e bem apertadas representamasdemarcações territoriais de um planeta doente, cujos habitantes racionais são verdugos uns dos outrose de si próprios, atrapalhando uns aos outros, cada um com suas prioridades: uma minoria mais evoluída e uma maioria alienada e incapaz de ceder um milímetro que seja pelo bem comum.” “Verdugos” foi lamçado nodia 02 de Novembro, Dia de Finados, em CD e plataformas de streaming pela Som do Darma. As faixas do CD são: Another Day, Last Sanctuary, Pearls To The Pigs, Midnight Rainbow, Psy-Code-Hellika, Nocturnal Storm, Crying At The Party, Silent Song e Wild Walkers. A formação do grupo no CD é: Paula Jabur, no vocal; Marco F.L.Y., no vocal e no baixo; Omar Rezende, na guitarra; Julio "Tio Chico”, na bateria e Miño Manzan, no teclado.

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