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Foto do escritorClaudio Correa Monteiro

A figura e forma da terra no pensamento Geográfico ocidental: da antiguidade clássica ao debate Cartesiano/Newtoniano (séculos XVII-XVIII)


Eu vou falar do livro A figura e forma da terra no pensamento geográfico ocidental : da antiguidade clássica ao debate cartesiano/newtoniano (séculos XVII-XVIII), escrito por Diego Maguelniski, um Ensaio publicado em 2024 pela Editora: Caravana. A capa e editoração eletrônica foram feitas por Amanda Sales. Diego M. escreveu o presente livro num cenário bastante propício. O criacionismo e o terraplanismo exigiam uma revisão científica. Nada mais propício do que um livro que lançasse mão do resgate histórico de uma hoje ossificada verdade científica, concernente à forma esférica da Terra. Desta feita, Diego percorre um vasto período, jornadeando por entre diferentes perspectivas. Priorizando o mundo ocidental, seu texto serpenteia por terras planas, cilíndricas, terras baú e, principalmente, esféricas. Em uma fluente e ilustrada narrativa, encontramos uma Idade Média diversificada. No século XVI, a navegação que tinha Magalhães à frente, circulou a Terra, apoiado pela sua esfericidade. Já no século XVIII, experiências geodésicas feitas próximas do centro e do norte do planeta avivaram a percepção da forma esférica do mundo. Aqui já jazia a bobagem terraplanista e se encerra o brilhante livro que é sensacional e essencial para quem gosta de história e de geografia como eu. A obra.A figura e forma da terra no pensamento geográfico ocidental : da antiguidade clássica ao debate cartesiano/newtoniano (séculos XVII-XVIII), do Autor: Diego Maguelniski, lançado pela Editora Caravana tem a Capa e a editoração eletrônica feita por Amanda Sales. O presente estudo busca, através de uma extensa pesquisa bibliográfica, delinear e abordar as principais concepções cosmográficas e estimativas acerca da forma do planeta Terra, na história do pensamento geográfico Ocidental. Para tanto, definimos um recorte temporal que vai desde os primeiros registros escritos gregos, por volta do século VIII a.C., até meados do século XVIII, quando as teorias provindas das físicas de Isaac Newton (1643-1727) e de René Descartes (1596-1650), sobre o formato da Terra, foram submetidas à prova nas expedições geodésicas francesas de 1735 e 1736. Para cumprir nossos objetivos, procuramos nos servir de amplo repertório bibliográfico (livros, artigos, teses, dissertações), para poder dissertar sobre as principais características do pensamento geográfico em diferentes momentos da história do Ocidente. Ao mesmo tempo, contamos com as contribuições de pesquisadores da história e da epistemologia da Ciência, como Boorstin (1989), Dreyer-Eimbcke (1992), Kimble (2005), Koyré (2001), Kuhn (2017), Rossi (2001), Bauab (2012), Santos (2002), Brotton (2014), Carvalho (2006), entre outros. Para abordar as variadas concepções cosmográficas incluídas dentro de nosso recorte de estudo, adotamos a consulta a várias obras de fontes primárias, estabelecendo, assim, melhores ligações com o pensamento geográfico de cada período e espaço estudado. Nosso estudo discute diversos momentos históricos do pensamento geográfico do Ocidente, divididos entre três grandes períodos: a Idade Antiga (VIII a.C. – IV d.C.), a Idade Média (V-XV) e a Modernidade (XV-XVIII). A cada grande período estudado dedicamos um capítulo. Na Idade Antiga nos limitamos às concepções cosmográficas e estimativas sobre a forma da Terra das civilizações grega e romana; na Idade Média, estudamos as concepções cosmográficas cristãs na Europa Medieval. Em nossas investigações ao Terceiro Capítulo, acerca da Modernidade, nos dedicamos as mudanças nas concepções geográficas ocidentais, e ao desvelamento da globalidade do mundo, a partir dos empreendimentos de descobrimentos marítimos dos séculos XV e XVI; também, discutimos sobre o complexo conceito de Descobrimento a partir das considerações de Bornheim e Subirats (1998), entre outros; e tratamos da formação da ciência moderna europeia, e as principais mudanças teóricas físico-cosmológicas, e sua ligação para com a formação de uma nova concepção de mundo, onde a Terra passa a ser considerada um planeta. Por fim, tratamos, das viagens de acadêmicos franceses à Lapônia e a América do Sul, em missões geodésicas ao século XVIII, diante do debate cartesiano/newtoniano sobre a forma do planeta, e as suas conclusões.

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