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Foto do escritorClaudio Correa Monteiro

A outra volta do parafuso

Eu vou falar do livro A volta do parafuso ou A outra volta do parafuso, livro originalmente publicado em 1898, é uma novela de fantasma escrita por Henry James, que originalmente foi lançada de forma serial na revista Collier's Weekly (27 de janeiro – 16 de abril de 1898). Em outubro de 1898, a novela apareceu em The Two Magics, um livro publicado pela Macmillan Publishers em Nova Iorque, e pela Heinemann em Londres, classificada em ambas como Literatura gótica e uma história de fantasmas. A novela enfoca uma governanta que, cuidando de duas crianças em um local remoto, começa a perceber que seu mundo está assombrado. No século em que foi publicado, The Turn of the Screw se tornou um marco fundamental para os estudos acadêmicos da Neocrítica. Com diferentes interpretações, muitas vezes mutualmente excludentes, muitos críticos tentaram determinar a exata natureza do mal insinuado na história. Outros argumentaram, no entanto, que o brilho da novela resulta da sua capacidade de criar um sentido íntimo de confusão e de suspense dentro do leitor. A novela foi adaptada diversas vezes, em programas de rádio, cinema e televisão, incluindo as talvez mais conhecidas, a peça da Broadway em 1950 e o filme de 1961, The Innocents, dirigido por Jack Clayton, com Deborah Kerr e Michael Redgrave. A outra volta do parafuso conta a história da jovem filha de um pároco que, iniciando-se na carreira de professora, aceita mudar-se para a propriedade de Bly, em Essex, arredores de Londres. Seu patrão é tio e tutor de duas crianças, Flora e Miles, cujos pais morreram na Índia, e deseja que a narradora (que não é nomeada) seja a governanta da casa de Bly. Ao chegar a Essex, a jovem logo percebe que duas aparições, atribuídas a antigos criados já mortos, assombram a casa. O triunfo íntimo da protagonista, mais que desvendar o mistério de Bly, consiste em vencer o silêncio imposto pela diferença de condição social entre ela e seus pequenos alunos. Desde que foi publicada, sucessivas gerações de leitores, críticos e artistas têm se inspirado na maestria narrativa desta novela, cuja tradução de Paulo Henriques Britto reconstitui com precisão a elegante contundência do original inglês. No início da novela, na véspera do Natal, quando um grupo de amigos, ao pé do fogo, relata histórias fantásticas, um dos participantes, Douglas, instigado pelos relatos, resolve tirar da gaveta uma narração mais arrepiante, revelando que a sua história seria mais emocionante do que a que acabara de ouvir, sobre o fantasma de Griffin, que aparecera a uma criança: “Se uma criança aumenta a emoção da história e dá outra volta ao parafuso, que diriam os senhores de duas crianças?”. Há uma releitura escolar de The Turn of the Screw feita por Adeline R. Tintner numa obra que inclui The Secret Garden (1911), de Frances Hodgson Burnett; Poor Girl (1951), da novelista Elizabeth Taylor; The Peacock Spring (1975), de Rumer Godden; Ghost Story (1975) de Peter Straub; The Accursed Inhabitants of House Bly (1994) de Joyce Carol Oates; e Miles and Flora (1997), adaptado por Hilary Bailey. Outras adaptações literárias foram Affinity (1999), de Sarah Waters; A Jealous Ghost (2005), de A. N. Wilson; e Florence & Giles (2010), de John Harding. Outras novelas inspiradas por The Turn of the Screw foram The Turning (2012), de Francine Prose e Tighter (2011), de Adele Griffin..The Turn of the Screw também influenciou programas de televisão. Em dezembro de 1969, a série da ABC Dark Shadows apresentou uma história baseada em The Turn of the Screw. Na história, os fantasmas de Quentin Collins e Beth Chavez assombram a ala oeste do Collinwood, possuindo as duas crianças que vivem na mansão. A história deu origem a outra longa história em 1897, com Barnabas Collins viajando no tempo para evitar a morte de Quentin e assim parar a possessão. Os episódios de Star Trek: Voyager ("Cathexis", "Learning Curve" e "Persistence of Vision"), a capitã Kathryn Janeway é vista no holodeck atuando em cenas baseadas em The Turn of the Screw. Em 21 de fevereiro de 2019, a Netflix confirmou que na série The Haunting of Hill House foi adaptada a novela de James em The Haunting of Bly Manor. Em Portugal, a primeira tradução foi em 1943, por João Gaspar Simões, sob o título Calafrio, pela Editora Portugália, em Lisboa, o nº 3 da Coleção Os Romances Sensacionais. Essa tradução foi usada para edições posteriores da Portugália, tais como a de 1965, na Coleção de Bolso, quando foi o volume 78. A Difel (Difusão Europeia do Livro) publicou uma edição em 1983, também com a tradução de Simões, sob o mesmo título. No Brasil, a primeira tradução foi feita por Brenno Silveira, em 1961, pela Editora Civilização Brasileira, sob o título Outra volta do parafuso, para a Coleção Biblioteca do Leitor Moderno, v. 21. Posteriormente a Civilização Brasileira lançou outras edições, como a de 1969 e 1972..Em 1998, a Ediouro usou a tradução de Olívia Krähenbühl, sob o título A volta do parafuso. Em 1972, é lançada a edição Lady Barberina - A Outra Volta Do Parafuso pela Editora Abril, na Coleção Os Imortais da Literatura Universal, volume 39, é a edição que eu li. A partir de 1988, a Scipione lança uma adaptação infanto juvenil feita por Claudia Lopes, na Série Reencontro, sob o título Os inocentes – a outra volta do parafuso. Essa adaptação foi relançada quase anualmente desde então, até meados de 2003. Em 2008, a Coleção L&pm Pocket lançou A outra volta do parafuso seguido de Daisy Miller, com tradução de Guilherme da Silva Brava, em que a novela é seguida por Daisy Miller, também de autoria de Henry James. Em 2010, a mesma tradução de Brenno Silveira foi usada pela Abril Cultural, na Coleção Clássicos Abril Coleções, volume 21. Em 2011, a Editora Penguin – Companhia das Letras, lança a tradução de Paulo Henrique Britto, sob o título A outra volta do parafuso. Além dessas traduções, destaca-se também uma tradução de Lucília Maria de Deus Mateus Rodrigues, sob o título Calafrio, pela Publicações Europa-América, de Lisboa, publicado em Lisboa em 2007, e uma tradução de Margarida Vale do Gato, também em Lisboa, sob o título A volta do parafuso, publicada pela Editora Relógios d’Água, em 2003, para a coleção Crime Imperfeito.



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