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Foto do escritorClaudio Correa Monteiro

Maria Dusa


Eu vou falar do livro Maria Dusa, escrito por Lindolfo Rocha e publicado em 1910. O livro reporta-se ao ano de 1860. Maria Dusá sabe o que é o garimpo: conhece a vida numa sociedade brutal, entre homens violentos que têm fome de prazer e de riqueza. Mas não perdeu a capacidade de sentir e de amar. Nem tem medo de se sacrificar por isso. Em Maria Dusá, Lindolfo Rocha fez um retrato objetivo e emocionante da vida no sertão baiano do século XIX. Criou ainda um dos grandes personagens femininos da prosa de ficção regionalista em nossa literatura. A obra, virou telenovela da Rede Globo de Televisão em 1978 com o título de Maria, Maria que é Ambientada no séc. XIX, a novela era baseada no romance Maria Dusá, de Lindolfo Rocha. Abertura da novela Maria, Maria, 1978/ Globo. Autoria: Manoel Carlos Direção: Herval Rossano, Período de exibição: 30/01/1978 – 24/06/1978 Horário: 18h, número de capítulos: 119. Baseada no romance Maria Dusá, de Lindolfo Rocha, a história é ambientada em uma região de garimpo de diamantes na Bahia, em 1860, um ano depois da terrível seca que ficou conhecida como “fome de 60”. A trama principal envolveas irmãs Maria Alves e Maria Dusá (ambas interpretadas por Nívea Maria) e o tropeiro Ricardo Brandão (Cláudio Cavalcanti). As irmãs não se conhecem e têm personalidades e posições sociais muito distintas: Maria Alves, chamada de Mariazinha, é meiga e sincera; Maria Dusá, rica e orgulhosa. No sertão da Chapada Diamantina, com uma situação de vida miserável, Raimundo (Wilson Grey) oferece a filha, Maria Alves (Nívea Maria), ao tropeiro Ricardo Brandão (Cláudio Cavalcanti) em troca de mantimentos. Ricardo, apesar de se apaixonar pela moça à primeira vista, deixa-a livre para escolher se quer ou não acompanhá-lo. Maria prefere ficar ao lado dos irmãos, embora não tire Ricardo de seus pensamentos. No povoado de Xique-Xique, Ricardo encontra Maria Dusá (Nívea Maria), a desconhecida irmã de Maria Alves que vive numa das casas mais sofisticadas da região. A partir daí, muitos desencontros marcam o caminho do trio. A pesquisa histórica ficou sob a responsabilidade de Ana Maria Magalhães, que fez um levantamento detalhado de costumes, vida social, vestimentas e religiosidade na região do garimpo nordestino do século XIX. Para gravar as cenas externas de garimpo, a produção transformou uma área de mais de 100 mil m² de Maricá (RJ) numa falsa região de caatinga, árida e poeirenta. As cenas passadas em Xique-Xique foram gravadas na cidade cenográfica de Barra de Guaratiba (RJ). Curiosidades sobre a novela: Maria, Maria foi a primeira novela de Manoel Carlos para a televisão. Até então o autor já havia adaptado diversos teleteatros para outras emissoras, como TV Record, TV Rio e TV Tupi, além de ter escrito e dirigido programas musicais e humorísticos. Na Rede Globo desde 1972, Manoel Carlos também escreveu e produziu o programa de entrevistas Globo Gente (1973), com Jô Soares, e foi diretor


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