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Foto do escritorClaudio Correa Monteiro

O feijão e o sonho



Eu vou falar do livro O Feijão e o Sonho que é um romance do escritor brasileiro Orígenes Lessa, publicado em 1938. A trama gira em torno de Campos Lara, poeta que vive a embalar o sonho da criação literária, alheio aos aspectos práticos da luta pela sobrevivência. Casado com Maria Rosa, a relação é um desajuste só. Esta família depende de Chico Matraca, que é patrão de Lara, que recebe por mês um salário muito baixo. Este livro teve, pelo menos, três adaptações para TV, sendo duas em formato de telenovela. Em 1961, houve uma adaptação em programa humorístico, pela TV Rio, no Rio de Janeiro, com roteiro de Rui do Amaral e direção de Wilton Franco, tendo no elenco comediantes como Chico Anysio e Consuelo Leandro. Na dramaturgia, a primeira adaptação em telenovela foi realizada em 1969 pela TV Cultura de São Paulo; servia como ilustração para o curso de Português oferecido pelo canal. A segunda adaptação foi ao ar em 1976 pela Rede Globo. O Feijão e o Sonho é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo e exibida de 28 de junho a 9 de outubro de 1976, em 89 capítulos. Substituiu Vejo a Lua no Céu e foi substituída por Escrava Isaura, sendo a 9ª "novela das seis" exibida pela emissora. Adaptada do romance homônimo, de Orígenes Lessa, foi escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Herval Rossano. A vida do casal Campos Lara, entre o sonho e a dura realidade. Juca é um poeta que vive a embalar o sonho da criação literária, alheio aos aspectos práticos da luta pela sobrevivência. Casado com Maria Rosa, uma abnegada dona de casa, a relação é um desajuste só. Juca sonhando, escrevendo poesias; Maria Rosa batalhando, preocupando-se e, principalmente, azucrinando a vida do irresponsável marido. Os rendimentos conseguidos pelo poeta, dando aulas ou escrevendo para os jornais, são extremamente escassos e insuficientes para fazer frente às despesas da família. Pula de emprego em emprego, vê seus alunos escaparem e os que permanecem são os que não podem pagar. Enquanto isso, Maria Rosa luta desesperadamente contra a miséria e o infortúnio. A história acompanha as diversas fases da vida do casal. O encontro romântico na mocidade, o duro da convivência classe média, os problemas com os filhos. A incompreensão entre o casal toma ainda maiores proporções quando a irmã de Maria Rosa, Creuza, e seu cunhado Gomes, um homem sem cultura mas de grande tino comercial, enriquecem. Comparando o nível intelectual do marido com o do cunhado e sentindo na pele o peso de sua pobreza em relação à fortuna da irmã, Maria Rosa revolta-se ainda mais compelindo Juca a trabalhar em funções que simplesmente o violentam. Depois de uma guerra de vida inteira, Maria Rosa se defronta com o único filho homem que, apesar de tudo que ela tentara lhe ensinar, sofre do mesmo mal do pai: quer ser poeta, para orgulho de Juca.



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