Eu vou falar do livro Submundo, escrito por Don Delillo, lançado pela editora Companhia das Letras em 1999. Escrito por um dos maiores romancistas americanos da atualidade, Submundo é uma história de amor e desilusão. É também um romance sobre a derrubada de mitos. Seus protagonistas principais são uma artista que atingiu o auge nos anos 70 e um especialista em armazenamento de lixo tóxico, que a conheceu um pouco antes que a vida dela fosse transtornada por um ato de conseqüências devastadoras. DeLillo (Os nomes, Ruído branco) acompanha quase meio século de história americana, sempre enfatizando a emoção própria das histórias individuais. À primeira vista os personagens desse romance têm pouco em comum, mas o autor acaba criando entre eles uma proximidade que os transforma em cidadãos de um novo mundo, de um submundo onde os dramas da vida moderna não admitem nenhum heroísmo. Submundo é a crónica de vidas ordinárias inseridas no último meio século da história americana. No imenso palco do romance, elas cruzam-se com figuras que marcaram a época - J. Edgar Hoover, Frank Sinatra, entre outras. DeLillo faz surgir uma obra de arte deslumbrante do outro lado, obscuro e escondido, da humanidade contemporânea. Neste tão celebrado romance, Don DeLillo compõe um painel monumental do mundo contemporâneo, do auge da Guerra Fria ao dilema dos ex-países soviéticos às voltas com seus lixos atômicos e resíduos tóxicos. Para tanto, DeLillo desfia os dramas individuais de um grupo de personagens extraordinários que têm mais em comum uns com os outros do que pode imaginar o leitor à primeira vista. Uma grande artista que vive no deserto, onde pinta fuselagens de aviões de guerra; um especialista em armazenamento de lixo tóxico; um serial killer que mata motoristas no trânsito; os convidados do célebre baile de máscaras de Truman Capote no Hotel Plaza de Nova York; um gênio do grafite numa sociedade devastada pela Aids. Os protagonistas desta saga contemporânea não são mais os membros de uma única família ou comunidade, mas os cidadãos de um submundo que representa a dramática falência da modernidade. Fazendo uso de uma surpreendente técnica narrativa não-linear, pulando do futuro para o passado e do passado para o futuro não só entre os capítulos, mas de uma frase para outra, Don DeLillo confirma com este romance o seu lugar como um dos escritores mais originais e inventivos do nosso tempo. O livro é dividido nas seguintes partes: O Triunfo Da Morte (que é um prólogo), Long Tal Sally (primavera - verão 1992), Manx Martin 1, Elegia Para a mão esquerda (meados dos anos 80 - início dos anos 90), A nuvem da ignorância (primavera fé 1978), Manx Martin 2, Cockucker blues (verão de 1974), Produtos melhores para uma vida melhor através da química (fragmentos selecionados da vida pública e privada nós anos 50 e 60), Manx Martin 3, Estudo em cinza e negro (outono de 1951 - verão de 1952), e o epílogo Das Kapital (não confundir com o CD da banda Capital Inicial).
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